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domingo, 7 de novembro de 2010

Será que “ser usado” por Deus significa ter a “aprovação” de Deus?


O mais importante que você tem que orar é:

Me ajuda a obedecer a Sua direção, a obedecer aos Seus comandos e as Suas ordens. Isso é o mais importante.”

Mais importante que ser usado por Deus, é ouvir a Sua voz e obedecer aos Seus comandos.

É aí, “nesse lugar”, que muitos crentes se perdem.

Muitos não sabem de uma grande verdade:

Ser usado por Deus, não significa ter a aprovação de Deus.

Isso é um fato.

E da mesma forma: riquezas, boa condição financeira e boa aparência também não significam que a pessoa está sendo aprovada.

Muitos só atentam para o exterior, para os dons, para o quanto a pessoa é usada por Deus, mas não atentam para o caráter de quem está sendo usado por Deus.


Muitos querem ser usados, desejam isso acima de tudo… Sabe porque?

Porque ser usado por Deus atrai os “holofotes” para nós, atrai a atenção das pessoas, atrai o reconhecimento… E é isso que a nossa alma traiçoeira e enganosa tanto deseja: O reconhecimento das pessoas ao redor, o “aplauso”, o “tapinha nas costas” como sinal de aprovação.

Em outras palavras: A nossa carne deseja a vaidade, ela é suscetível a isso.

Mas será que está errado querer ser usado por Deus?

Claro que não.

O problema não está em “ser usado”. O problema é quando nós pensamos e acreditamos que isso é o máximo, que isso nos faz “bons”, que isso nos faz melhores que os outros, e que isso é tudo que precisamos para sermos aprovados. Que grande engano cometemos.


ser usado por Deus é algo cuja glória e reconhecimento pertencem só a Deus

É Ele que decide usar quem Ele quiser, na hora e do jeito que Ele quiser.

A glória não é nossa, não somos nós que decidimos como ou quando Deus vai nos usar, mas é Ele quem decide e opera isso em nós.

Por causa da vaidade, da fama, do dinheiro e dos holofotes, muitos tem “mudado o foco”, mudado a meta, e perdido a direção da “porta estreita” e do “caminho estreito” (Mateus 7.14). Muitos crentes e ministros do Evangelho, tem deixado de ouvir a voz de Deus e de obedecê-lo, e trocado isso pelo ativismo de: fazer, fazer, fazer e ser usado “a todo vapor”.

“Ser usado por Deus” não pode ser mais importante que obedecer. Não pode nos envaidecer ou ocupar o nosso coração acima de “obedecer a Deus”, porque obedecer é mais importante que ser usado. E quando obedecemos, acaba que “ser usado” passa a ser uma conseqüência disso. Porém, para conseguirmos abrir mão dessa vaidade, precisamos entender como Deus opera, como Ele usa quem Ele quer, na hora e do jeito que Ele quer.


A Bíblia revela que Ele usou até uma mula, isso mesmo, Deus encheu uma mula com o poder dele e a usou para falar com o Profeta Balaão (Números 22:28,30).

Se Ele fez isso com uma jumenta, então imagina o que Ele pode fazer com um ser humano…


esus nos revelou isso em Mateus 7.21 :

 

15. Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. (cuidado com os que falam em nome de Deus, mas que não são ovelhas – ovelhas obedecem ao Senhor)

16. Pelos seus frutos os conhecereis. (frutos são: o resultado das atitudes do caráter) Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?

17. Assim, toda árvore (árvore=pessoa) boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. (Bons frutos: Atitudes de bom caráter – Frutos maus: atitudes do mal caráter)

18. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.

19. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo (essa árvore – pessoa – vai ser reprovada).

20. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis. (pelo resultado, pelas atitudes do caráter conheceremos cada pessoa)

21. Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! (Senhor é Dono – “Nem todo que me diz: Tu és meu Dono”) entrará no reino dos céus, mas (entrará) aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. (só vai entrar quem for aprovado, e só será aprovado quem faz a vontade do pai, ou seja, quem obedece a Deus)

22. Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! (meu Dono) Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? (fomos canal de operação do poder do Teu nome na terra, fomos usados por Ti quando vivemos na terra)

23. Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniqüidade. (não te conheço, saia de perto de mim – nunca houve um relacionamento verdadeiro entre nós – saiam de perto de mim os que praticam iniqüidade = atitudes pecaminosas baseadas num caráter corrompido que não se arrepende)

24. Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica (obedece) será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; (segurança e proteção da rocha)

25. e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. (virão as lutas mas esse crente não vai cair – quem obedece se santifica, quem é santo é protegido contra os ataques do maligno)

26. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica (desobedece) será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia; (vulnerável, desprotegido)

27. e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína. (virão as lutas e esse crente desobediente não tem a proteção, por isso vai cair, e a queda será grande).


Santidade é o sinal do caráter de Cristo.

Já a mentira, a rebeldia, a desobediência, e a maldade (características da iniqüidade) são sinais do caráter do diabo.

Em Ezequiel (28.15) mostra quem foi o primeiro iníquo de todos:

“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti.”

Essa passagem está se referindo ao diabo antes da queda, foi nele que surgiu a iniqüidade, por isso ela é uma característica do caráter dele. Ele foi o primeiro “mau-caráter” da história.

Também foi nele que nasceu a vaidade, pois ele se envaideceu por causa dos seus dons…(Ezequiel 28.17)

Por isso nós não podemos dar mais valor aos dons que a santidade.

Não devemos valorizar uma pessoa primeiramente pelos seus dons, nem pela unção que flui dela(e), mas sim pelo seu caráter e seus bons frutos (frutos: resultado das atitudes do caráter).

É isso que deve chamar a nossa atenção.


O que nos fará sermos aprovados é termos o caráter de Cristo.

O caráter revela o nível de santificação de uma pessoa.

A santificação “forja” um novo caráter em nós: O caráter de Cristo. Por isso, santidade e bom caráter andam juntos.

Ao mesmo tempo que devemos querer ser santos, não devemos querer isso só porque a santidade atrai o mover, o agir e a unção de Deus… Não apenas porque a unção nos respalda e nos dá autoridade… Não.

Devemos querer ser santos porque devemos querer ser parecidos com Jesus em seu caráter. E o motivo disso, o motivo pelo qual uma pessoa quer a santidade e o caráter de Jesus em sua vida, deve ser porque O ama. E esse amor leva a obedecê-lo.

A motivação precisa ser o amor.

Isso é santidade.

Realmente a santidade atrai o mover, a unção e o agir de Deus, e por isso, é muito agradável ser santo(a). Por isso, é muito bom sentir Deus nos usar como um instrumento do agir dele (quando somos santos). Porém, além de “ser usado”, há algo muito especial e poderoso na santificação, algo que considero o grande privilégio de ser santo(a):

A santidade protege quem a vive e a possui.

Ou seja, a proteção é um benefício que a santidade (de Jesus) traz.

Entenda que “Ser usado” por Deus não te protege. Não adianta, não é a unção que te protege… Nem os dons espirituais… O que te protege é a santidade de Jesus.

Mas não se iluda, a santidade é eficaz somente enquanto ela existir em você. Ou seja, o que te protege é viver em santidade, e não viver na prática do pecado.


Temos que entender que Deus nos usa por pura misericórdia, e nada mais.

Ser usado por Deus não pode significar “nada” para nós, porque o poder não é nosso, a glória não é nossa. É dEle.

Não devemos nos “deslumbrar” por sermos usados por Deus, pelo contrário, devemos nos lembrar o tempo todo que nós não somos nada sem Ele, e que a excelência do poder é dEle, e não nossa.


2 Coríntios 4:


7. Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus e não de nós.



A Ele toda honra e toda glória para sempre!

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